VdS de casa nova

•22/02/2010 • Deixe um comentário

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A minha vida de solteiro

•10/12/2009 • 1 Comentário

Pra poder começar o assunto deste post, eu preciso explicar como ele surgiu na minha cabeça.

Como vocês sabem, eu sou jornalista. Algumas vezes, jornalistas precisam viajar, fazer reportagens e, quando você trabalha num veículo independente e alternativo, nem sempre ir de avião é a opção mais rentável. Pois bem. Eu fui – de carro – à cidade fluminense de Paracambi. Ela fica uns 80 km antes do Rio de Janeiro, logo depois de São Gonçalo, indo pela Dutra.

Viagens assim, quando feitas de carro, são longas. Para uma cabeça como a minha, que não para nunca, são bem produtivas também. Além disso, o trânsito infernal de SP na terça-feira me fez ficar 5 horas parado no mesmo lugar. Então vocês já devem estar imaginando como eu fiquei.

Enfim… Vamos ao tal assunto.

Uma pessoa muito querida me perguntou, num dia desses, porque eu, que reuno muitas boas características, estou solteiro. Respondi alguma coisa na hora, mas não sei se me fiz entender. E, durante a viagem, fiquei também me perguntando por que, prestes a fazer 24 anos (e isso explica essa veadagem toda), ainda estou solteiro.

Sem falsa modéstia (quem me conhece sabe disso), eu realmente tenho bons atributos. Não sou feio, tenho bom gosto, sei me comportar em qualquer tipo de ambiente, sei lidar com qualquer tipo de pessoa, sou carinhoso, fiel, divertido, justo, protetor e inteligente. Beijo bem e adoro fazer sexo. ADORO mesmo. Odeio mentiras e não me passo pelo que não sou. Sou franco, verdadeiro e intenso.

Ok, na teoria parece que eu sou o homem perfeito, né? Não. E digo ‘não’ porque, apesar de parecer, não sou o tipo de homem ideal. Porque, apesar de gritarem aos quatro cantos, as mulheres não procuram um tipo como o que eu descrevi acima. Sem demagogia. Sabemos disso. E esse é o primeiro ponto.

Estou solteiro, também, porque ainda não achei ninguém com características interessantes. Vejam: sou aquele tipo de homem que gosta de sair pra jantar no primeiro encontro, conversar bastante, conhecer muito bem a mulher. Eu sou do tipo que espera o primeiro beijo só na hora de ir embora, na despedida, na porta de casa. Mesmo sem ser convidado para um “café”. Piegas, né?

Sim. Sou tímido. Mas admiro pessoas interessantes e inteligentes. Na verdade, minha vida é vivida através de estímulos. Busco estímulo em tudo. Em um bom filme, em um bom livro, ouvindo música. Não fui feito pra ficar dentro de um escritório, repetindo procedimentos. Preciso de coisas novas, desafios, aprendizados. E com as minhas interações sociais não podia ser diferente. Preciso sentir que posso aprender coisas novas com as pessoas. Preciso, mesmo, que elas me estimulem.

Sei que vai parecer pedantismo, mas pessoas comuns e limitadas me cansam fácil. Não adianta ser boa de cama, ter um beijo maravilhoso e não ter 20 minutos de conversa contínua. Ainda tem um agravante: eu não discuto pessoas. Odeio falar dos outros. Bem ou mal. Isso me faz enjoar muito rápido. Esse é o segundo ponto.

Eu não sou o cara mais inteligente do mundo inteiro. Mas sou muito nerd. E já vivi um bocado de situações nesse pouco tempo de vida. Já casei, separei, fui noivo, moro só desde os 15 anos, já fui dormir com fome… Enfim. São 24 anos bem movimentados. E quando os anos são movimentos, pouca coisa é novidade. Com o tempo, e isso eu confirmei com muitas pessoas mais velhas que tenho contato, sobretudo as inteligentes, o mundo vai perdendo a cor. Tudo vai ficando opaco. E ele só passa a ficar colorido novamente quando alguém te apresenta um novo mundo. Ou uma nova óptica, um novo ponto de vista. Eu só funciono bem com pessoas inteligentes perto de mim. Isso é um fato. E é o terceiro ponto, também.

Eu não sou muito difícil de agradar. Prezo coisas simples. Quero uma mulher que goste de ver filmes do Gene Kelly e do Fred Aistaire com o mesmo interesse que vê um filme do Almodóvar. Hahahaha. Ok, mentira. Com o mesmo interesse que vê uma novela, pelo menos. Quero uma mulher que goste de música boa e saiba tocá-las no momento oportuno. Na aparência, só faço questão da cara de boneca e dos quilinhos extras. E tem que gostar de sexo. Simples, não?

Enfim. Escrevi esse monte de asneira por dois motivos. Eu não tinha nada melhor pra escrever. E eu precisava provar pra mim mesmo que, na verdade, não sei porque estou solteiro. Aliás, sei, sim. Estou solteiro por opção. Não a minha. Nem a delas. Estou solteiro por opção do destino. E, como está escrito lá em cima, “Solteiro, sim. Sozinho, às vezes.”

Comentário editado: esse post é dedicado à Sra. Outsider.

Vida de Solteiro: Os tipos de solteiro

•24/11/2009 • Deixe um comentário

Segundo o Aurélio (…Ah, ele podia ser marginal, né? Ou ter virado empregado do museu do Ipiranga. Trabalhar pro irmão deve ser foda…):

Tipo
s.m. Coisa que se usa para produzir outras semelhantes; modelo, original. / Modelo ideal que reúne em alto grau os caracteres essenciais ou distintivos de todos os indivíduos ou objetos da mesma espécie: este homem é o tipo da honestidade; este livro é o tipo da literatura romântica. / Conjunto de traços característicos de uma raça, de uma família: o tipo inglês. / Fam. Pessoa de grande originalidade, excêntrica: João é um tipo. / Indivíduo, cara, sujeito: entraram dois tipos no cinema. / Símbolo: o cão é o tipo da fidelidade. / Artes gráficas. Cunho ou caráter de imprensa. / Biologia. Forma geral em torno da qual oscilam as variações de uma espécie, de uma raça. / Teatro e Cinema. Características de uma personagem; p. ext., modo de interpretar característico de um ator. // Teatro, Televisão e Cinema. Fazer tipo, comportar-se habitualmente (o ator, o participante de um programa) de maneira semelhante nos gestos, no falar, na interpretação etc., visando a marcar sua atuação.

Segundo o Mago do além digital, o Sauron da Terra Média cibernética, o Olho-que-tudo-vê, Google.com, em sua versão de imagens:

O retorno foi meio óbvio. Mas eu entendi o que ele quis dizer: O solteiro que tem tipo, também faz tipo. Sacaram? Com um carro desse, até eu dava pra esse cara. #NOT... Muito bem observado, como sempre, Sr. G!

Bom, quero que saibam que esse hiato foi pra vocês realmente acreditarem que o blog ia acabar. Mas é mentira. Só que essa mentira não torna as outras mentiras do post anterior em verdades. Isso porque eu ainda não achei quem fizesse o layout do blog pra mim. E porque o podcast tá travado, dependendo igualmente de outros solteiros. Enfim. Eu to tipo aquela música “I started a joke (…) but the joke was on me”, sacaram?

Eu também estou no meio do meu inferno astral. Meu aniversário é mês que vem. Só que o diabo abriu as portas do inferno uns 3 meses antes. Vai entender.

Hoje eu vim falar dos tipos de solteiro que existem nesse mundo. Sim, porque existem vários tipos de solteiro. Não é só o cara que fica com quem quer a hora que quer. Pra vocês entenderem o que é um tipo, vou dar um exemplo, como sempre.

Vou citar a igreja evangélica. Vocês sabiam que esse tipo de igreja é estudada nas maiores e mais sérias universidades de Marketing, porque conseguiram transformar o esquema de franquia em uma coisa super rentável? Tipo, não abra um quiosque da Casa do Pão de Queijo no mercado, besta. Abra uma igreja. Coloque um nome super escalafobético, tipo “Igreja de Deus”, “Associação Cristã Evangélica Pentecostal”, “Igreja Pentecostal Exército da Salvação”, “Frente GLBTT crente em Deus”, e muitas outras. Dentro da igreja há um esquema digno de grandes quadrilhas, ou corporações de segurança pública, se vocês preferirem. A moda agora é ter um bispo. Apesar de também ter um monte de cavalo e peão, não é xadrez. Depois do bispo, vem o pastor. Depois do pastor, vem o diácono. E, seguido do diácono, tem os obreiros. Aí vem a ralé. O baixo clero. O povão que frequenta a igreja. Tipo aquelas mães solteiras, que levam os oito filhos (Roberlei, Robnelson, Robcleyton, Roblene, Robercléia, Robsbaun, Robjeison e o mais novo, Thiago – sim, o filho mais novo do pobre sempre tem o nome diferente dos demais, não sei porque) para orar a Deus. Bom, bispo é  bispo. Acima do bem e do mal. O cara é o foda, é o bam-bam-bam da parada. Tem o pastor, que vira pastor pra poder passar o negócio de ofertas e pedir grana em nome de Deus. Mas a função de pastor tem subtipos: o curandeiro, o exorcista, o banqueiro e o alquimista. Claro que a Universal desenvolveu um curso de 21 horas que faz o cara ser todos esses ao mesmo tempo. O diácono é o cara que quer virar pastor. É tipo um backup, saca? Só tem dois tipos: o que come as meninas mais bonitas e o que pega qualquer coisa, mesmo. O obreiro é o crente que quer se sentir mais crente que os outros crentes. Na prática, não faz porra nenhuma. Só segura o ofertório na hora da música ou segura o fiel quando ele é possuído por um demônio para o pastor encher de porrada. Agora, entre os fiéis, há uma infinidade de tipos. Tem que gente que vai na igreja obrigada, tem gente que vai porque não gosta do que passa na tevê no horário do culto, tem gente que só quer paquerar. Cara, igreja é tipo balada, vocês não têm uma noção. Rola até uma pegação atrás do púpito e tudo.

Enfim, acho que deu pra entender de que tipo de “tipo” eu estou falando, né? Mas como isso funciona pros solteiros? De cara, eu consigo identificar alguns.

O solteiro voluntário

Tem solteiro que é solteiro porque quer, mesmo. Rico, bonito, com carrão. Frequenta as melhores baladas. É marombadinho. Assiste Pânico na TV e CQC. Manja todas as piadas da atualidade. O solteiro, digamos, voluntário, normalmente pega as mulheres mais lindas pra passar na frente de outros amigos como ele e ostentar, como se fosse um troféu. Ele chega na balada, com camisetinha colada, calça jeans, gel no cabelo. Olha a mulher mais gata do lugar. Cola. Não deu? Localiza a segunda mais gata, e cola. Fail? Localiza a terceira do ranking e, adivinhem? Cola. Epic Fail? Ele vai no bar, toma três vodkas com energético e cola na primeira que ver na frente mesmo. Mas jura para os amigos no dia seguinte que saiu zerado, ou pegou aquela moça sem braço porque estava muito bêbado.

Carro típico: Qualquer modelo popular com mais grana investida em tuning do que o valor pago no carro em si.

Bebida: Vodka com energético.

Tipo ideal: A mais linda do lugar. Não é qualquer fubanga que anda em um carro com neon roxo em baixo e som de última geração.

Onde você encontra: Em baladas super disputadas e caras. Pachá, Pink Elephant e derivadas.

O solteiro tardio (tiozão da sukita)

Esse casou com 20 anos, viveu mais 20 dentro de casa e se separou. O cara de 40, quando fica solteiro, ou vira veado ou entra numa academia, passa Grecin 5 na cabeça e vira um solteiro voluntário com mais idade. Ele não soube aproveitar a vida. Então ele tem 40, mas age como se tivesse 16. Simples assim. Ele usa boné na balada, pra esconder a calvície. Às vezes usa sandália, pra não se desvincular totalmente das raízes. Frequenta festas dos anos 80 e dança tal qual uma gazela quando aquela música do Michael Jackson toca.

Carro típico: Um sedã sério, sóbrio. Sem adesivo. Sem muito fru-fru.

Bebida: Cerveja. Solteiro tardio é muito velho pra tomar vodka com energético e muito novo pra tomar whisky.

Tipo de mulher: Menos de 25. Linda. Se parecer com a própria filha, melhor ainda. Ele é concorrente direto do solteiro voluntário, com diferença de que não se importa em sair zerado de uma balada.

Onde você encontra: Em baladas dos anos 80. Ou qualquer festa que tenha músicas que o façam soltar a franga e extravasar os 20 anos ao lado daquela insuportável.

O solteiro chato

Tem cara que é solteiro porque é insuportável. Às vezes, pode até ser bonito, ter grana, frequentar os melhores lugares. Mas quando ele chega na garota, não consegue dizer nada além de “oi, olha meu bíceps, que grande”. É o cara naturalmente desagradável. O espalha-roda. Aquele que ninguém chama, mas tá em todas as festas, dizendo “eu te amo pra caralho” para todos os caras que encontra na frente. Na verdade, esse vai pra balada porque nem a mãe aguenta mais. Ele é o típico cantor de churrascaria. Canta, canta, canta, enquanto os outros comem. Também é conhecido como Sazon, pega-nada etc.

Carro típico: Ele vai de carona. Quando vai de carro, usa o do pai, mesmo. De uma maneira ou de outra, sabe que vai voltar sozinho pra casa.

Bebida: O que tiver na mão dos parceiros.

Tipo de mulher: Ele usa o esquema do solteiro voluntário, vai da escala da mais gata para qualquer uma que vir pela frente.

O solteiro nerd

Esse não sai. Deixar o PC por algumas horas corresponde à morte. Quando sai, é pra ir no Animecon. Saí cedo e chega em casa antes das 20h. Mulher só existe nos sites de putaria e hentai. Lê mangás, joga video-game, ouve música japonesa, tem cabelo grande e usa óculos. O maior contato que já teve com uma mulher real foi quando aquela grandona da 5ª série que batia em todos os moleques enfiou a cabeça dele na privada e deu descarga.

Carro típico: Nenhum, no máximo uma Caloi 10.

Bebida: Muppy. Muito muppy. De todos os sabores.

Tipo de mulher: Desconhecido.

O solteiro nerd-descolado

Esse também é nerd. Lê muito, se interessa por coisas alternativas e é hard user de informática. Mas ele já descobriu as mulheres e a bebida. Consegue socializar. Fica deslocado no meio da turma e sempre tem medo de falar, mas é querido por todos. Usa óculos, claro. Mas tem seu charme.

Carro típico: O que seu salário de analista de suporte técnico consegue pagar. Normalmente o carro tem mais de 20 anos e faz mais barulho que bateria de escola de samba.

Bebida: Cerveja, majoritariamente.

Tipo de mulher: Qualquer uma. Apesar de gostar, ele nunca sabe quais são as que dariam bola.

O solteiro pobre

Esse é solteiro porque é fodido, mesmo. Mora na periferia, pega as gatinhas da rua de baixo e levam pra comer um dogão, ou pro jogo do Corinthians. Isso quando dá sorte. Normalmente trabalha na obra o dia todo e curte um forró no fim da semana. Lembram do Josias, dos Epic Fails? Então. É esse cara.

Carro típico: Mercedez. Não o carro. O ônibus, mesmo.

Bebida: Cachaça. Ou qualquer coisa que custar menos de dois reais.

Tipo de mulher: Tem que gostar de Dejavu e ser empregada doméstica. Mas ele é desafiador. Gosta daquelas que olham de soslaio e dizem: “Oxe… quero nada com ocê não, homi”

Semana que vem eu coloco os tipos de s0lteiras. Sim, mulherada. Vocês não vão escapar dessa!

Vida de Solteiro: As mentiras que os solteiros contam

•18/11/2009 • 4 Comentários

Esse é o último texto do blog. As pessoas andam dizendo que tá chato, sem graça e deprimente. Não teremos layout em breve. Nem vamos fazer um podcast de solteiros.

É, minha gente. Esse é o fim.

Vamos lá, então.

Segundo o Aurélio (…Tem um cara que eu conheço, que veio da terra dele, e virou macumbeiro. Por que ele virou lexicógrafo?…):

Mentira
s.f. Ação ou efeito de mentir. / Ludíbrio; falsidade; ilusão.

Segundo o Lorde dos Confins da realidade interestelar, o real criador do 13º Andar, o supra-sumo dos amantes de sites pornográficos, Google.com, em sua versão de imagens:

 

Engraçado, que todas as vezes que um homem mente, algo cresce. E sempre quem repreende sobe em cima da coisa que cresce, em seguida. Esse "G" é foda, mesmo.

Ok. Todos mentem. Até Deus mentiu.

Ele não chegou pro JC e disse: “Filho, desce lá, que você vai cortar madeira a vida toda, será seguido por um monte de fanáticos, um amigo seu vai te caguetar em troca de cerveja, você vai morrer virgem, pregado numa cruz e um romano filho da puta, que depois vai ser canonizado num antro de perdição chamado Vaticano (não a música que a gente fez para os imigrantes ilegais dos EUA, chamada “Vai Chicano”) e  ajudar as pessoas a achar coisas perdidas em troca de pulinhos, vai enfiar uma lança no seu bucho”.

Se acontecesse comigo, e eu fosse o cara, ia virar pro meu pai e dizer: “Pai, na boa, com todo o respeito. Vou ali jogar o Jogo da Vida com o Gabriel e o Rafael. Té mais! Ah, olha ali, seu The Sims tá rodando, ainda. Digita “IVEGOTALOTOFMONEY” pra renovar sua reserva”.

Existem vários tipos de mentira. Existe a mentira boa, a mentira ruim, a mentira inocente, a verdade que vira mentira, a mentira que vira verdade, a meia-verdade, a meia-mentira, a meia calabresa/meia mussarela, a verdade que parece mentira e a mais perigosa de todas, a mentira que parece verdade. Confuso, não? Explico:

Um dia, Adão estava olhando pra árvore, admirando aquele fruto esférico, apetitoso, e lembrou do que a cobra falou: “Sabe aquele buraquinho que você tenta enfiar todos os dias na Eva, mas que ela não deixa? Faz ela comer esse fruto, chamado maçã. O intestino dela vai prender e vocês vão poder fazer um sexo gostoso e seguro na portinha de trás”.

Depois de uma semana arquitetando um plano digno de filme em Hollywood, mais sagaz que “Um sonho de liberdade”, mais impressionante que “Cheque-Mate”, mais completo que “Fuga de Alcatraz”, Adão soltou um combo de mentiras equivalente a 23 hits no Street Fighter, ou um ultra combo com o Glacius no Killer Instinct, ou como quando a gente bate tanto num cara no Mortal Kombat II, que sobe o bonequinho falando “YUUPIIIII”. Vamos a ele.

Numa bela tarde, depois de fazer um sexo legal, balançando no cipó, Adão chegou para Eva e disse: “Amor, sabe aquele fruto vermelho? Pega ele lá pra gente”. Ela respondeu, indignada: “Adão, é um fruto proibido. Nós sabemos que nunca poderemos comê-lo, se não seremos expulsos do paraíso”.

Então Adão, em uma manobra superfantástica de persuasão, vira pro lado, desinteressado, e solta um: “Tá bom. Mas dizem que ele faz muito bem para a pele e previne marcas de expressão”. -> Isso foi uma mentira que virou verdade. (Não entendeu? Clica aqui.)

Eva, pensando em todos os benefícios de ser eternamente bela, pensou, pensou e pensou. Durante uns três dias. Mulher pensa muito, todos sabem. E decidiu pegar o bendito fruto e comeu. Adão, que assistia a cena de longe, preparou um belo jantar e escolheu a melhor moita da floresta. Quando Eva chegou e viu todo aquele preparativo, se rendeu aos encantos do parceiro, e uma noite de sexo selvagem (literalmente) aconteceu. Lá pelas tantas, Adão apontou sua pistola no outro alvo.

Eva, estranhando, olhou pra trás e disse: “Aí não, Adão. Dói e faz sujeira”. Adão, esperto, fez manha: “Ah, amor. Só vou por a cabecinha! E a maçã também deixa o colo mais limpo”. -> Meia-verdade.

É claro que eles não foram expulsos do paraíso. Na verdade, a punição por se comer a maçã, era oficializar a união dos dois. Assim, depois do incidente, um padre foi contratado e os casou, com comunhão total de bens.

Acho que deu pra pegar o espírito da coisa, né?

Solteiros também mentem. Os homens e as mulheres. Se não mentem, omitem.

Por exemplo, no baile da nostalgia:

Ele: “Eu sou advogado. Me liga no escritório, qualquer dia. Eu mando um motorista ir te buscar para podermos almoçar no Fasano. Qual a sua idade?”

Ela: “Eu tenho 32 anos”

Existem muitas outras situações.

Homens dizem:

“Eu moro perto do Alphaville” <- Mora em Carapicuiba.

“Te ligo amanhã” <- Nem anotou seu telefone.

“Olha, na boa. O problema não é você. Eu só não me senti preparado para assumir um relacionamento agora”

“Meu celular estava dentro do carro, não ouvi tocar”

“Sms? Que sms? Não recebi nenhum”

“Sabia que você é a mulher mais linda que eu já conheci?”

“Olha, não chora. Ele era um babaca, mesmo. Quer sair pra tomar um sorvete, ver um filme, se animar?”

“Ah! Desculpa! Achei que era a Amanda que faz o banho e tosa da poodle da minha mãe”

“Não consigo adivinhar! Conheço sua voz, mas a ligação está ruim!”

“Não é só sexo. Eu gosto mesmo de você”

“Me liga daqui 5 minutos, estou numa reunião agora”

Mulheres dizem:

“Não sei. Acho que não” <- Ela quer.

“Ah! Tenho umas 3 baladas pra ir. Só não decidi ainda”

“Jura que você está namorando a Suzana? O cabelo dela é lindo! Ela é linda!”

“Nossa, nem lembrava mais dele”

“Pai, vou assistir filme na casa da Valéria”

“Sabe o que é? Não vai rolar. Não conta pra ninguém, mas estou grávida” <- Ela não te quer

“Minha mãe achou uma foto nossa sem querer. Perguntou quem você era. Te convidou pra ir almoçar lá em casa”

“Claro que não quero nada sério”

“Ele é só um amigo”

“Você é lindo, é fofo, especial. Seria um ótimo namorado. Mas nós somos muito amigos, entende?”

“Nossa, como é grande!”

“Ai amor, não para que eu vou gozar”

“Gozei!”

“Gozei de novo”

“Nossa, nunca gozei mais de 2 vezes na mesma noite!”

“A Paulinha? Não. A Paulinha tá namorando”

O dono do VdS diz:

Esse foi o melhor post e mais fácil de escrever. E ficou hilário. E eu amo todos vocês.

Vida de Solteiro: Você sabe que está solteiro quando…

•17/11/2009 • 6 Comentários

Algumas pessoas me perguntaram, então eu preciso começar esse texto com uma rápida explanação. Veja bem, eu ainda não estou chamando ninguém de burro, ok?

Pra quem não percebeu, todos os dias eu coloco aqui o significado da palavra-chave do texto, de acordo com o dicionário do Aurélio (…mas porra, lexicógrafo? Ele podia ser boia-fria, vender coco na praia, sei lá. Por que lexicógrafo?…). Em seguida, procuro o mesmo termo no Google Images e pego a primeira que aparecer no resultado. Isso seria o significado da palavra para o Google.

Entendido? Mais alguma dúvida?

Então vamos ao que interessa.

Segundo o Michaelis*:

saber
sa.ber
(lat sapere) vtd e vti 1 Estar informado de, estar a par, ter conhecimento de; conhecer: Não sabia o horário dos trens. “No povoado, ninguém soubera da passagem de Gomes por lá” (Francisco Marins). vtd 2 Compreender ou perceber um fato, uma verdade: Soubera, então, a necessidade que tinha de ser salvo. vtd 3 Ser capaz de distinguir ou de dizer: Saber a causa de alguma coisa. Saber o nome de alguém. (Tem mais uma caralhada de coisa, lá. Se você quiser ler TODAS as acepções, clica aqui.)

Segundo o Bing**:

Isso não é coerção. É muito sábio usar os instrumentos corretos para saber o que uma pessoa sabe. Todos sabem disso. E, como todos sabem, também, eu não escrevi isso com nenhuma arma na cabeça.

Bom, eu estava na fila da raspadinha premiada (não, eu não estava num puteiro, nem sou pedófilo), quando surgiu a ideia desse tema. Mentira. Normalmente esse tipo de ideia idiota vem na nossa cabeça em momentos inoportunos. Quando a gente está dando aquela barrigada no banheiro, ou enquanto estamos deitados, manuseando calmamente nosso pinto por baixo da cueca, assistindo aqueles programas de domingo à noite, ou até mesmo no meio daquela transa sem graça, quando você divide sua atenção com o jogo de futebol na tevê, faz planos para o dia seguinte, lembra da conta de água que não pagou e troca a mulher que está na sua frente, de quatro, por uma com a boca da Angelina Jolie, seios da Boing Boing, bunda da mulher melancia (COM photoshop) e modos de uma autêntica gueixa.

A pergunta que veio na minha cabeça (não necessariamente em um dos três eventos descritos acima) foi: Quando um solteiro realmente sabe que está solteiro? Ou melhor, quando ele se dá conta de que não está casado? Tanto para o bem, quanto para o mal.

Olha só. A vida de um cara solteiro é relativamente agitada. As 24 horas do dia são divididas em umas, digamos, 6 horas de sono, 10 (ou mais) horas de trabalho, 1 hora de banho (incluindo fazer a barba, masturbação, essas coisas), 3 horas com a namorada (se não tiver namorada, troque por vídeos de sacanagem na internet, mais a masturbação que isso causa), 1 ou 2 (se o cara for lerdo) horas definindo alvos e traçando estratégias para pegá-los, e mais duas horas em contato com esse alvos.

Levando-se em consideração, também, que um homem solteiro pensa 90% do tempo em sexo e os outros 10% em maneiras de fazê-lo, quando surge a oportunidade do cara saber esse tipo de coisa? O que faz ele ter convicção da solteirice?

Eu acredito que sejam situações específicas. Por exemplo:

Você só vai descobrir que a tia Terezinha, que morava lá no sertão do deserto do interior da periferia dos limites de Cariri do Norte, morreu, quando você encontrar aquele seu primo que trabalha na obra, dentro do trenzão lotado, com aquele odor maldito em baixo do braço, estrategica e involuntariamente colocado bem no seu nariz, como se Deus estivesse fazendo uma sacanagem daquelas com você. (Eu já disse que Deus, na verdade, é um moleque de 15 anos cheio de espinhas com problemas psicológicos que joga The Sims com cheat.)

Depois de muito insistir naquela conversa que você NÃO quer ter dentro de um trem, o primo pergunta como vai o pessoal da sua casa. “Todos bem”, você responde, educadamente, e parte para cometer o erro mais feio do dia. Praticamente um Epic Fail. “E sua mãe, como está?”, você pergunta, esperando que a resposta seja tão ou mais curta que a sua. As trombetas demoníacas tocam, as portas do inferno se abrem, mais pessoas feias e fedidas entram no trem, empurrando seu rosto pra mais perto do sovaco familiar, e a tortura, que já parecia insuportável, aumenta em níveis exorbitantes. “Ahhhhhh! Tive lá na semana que passou e ##################################, aí Ronielson, que é um primo nosso lá de Piripá disse que mainha #################################. Acabou que eu cheguei lá, já tinham enterrado ela e nem um beijo de tchau eu pude dar”.

(Alguns trechos da fala foram substituídos por “#”, porque são coisas ininteligíveis, dada a rapidez com que pessoas vindas do NE costumam falar dentro dos trens.)

Pronto. Você nem lembrava mais que a tia Terezinha era sua tia. Na verdade, nunca passou pela cabeça que você podia ter uma tia-avó chamada Terezinha que morreu numa cidade atendida por todos, grife-se TODOS, os programas do governo. O cara, que te chama de primo (sim, porque lá em Alagoas, por exemplo, até o filho do tio da sobrinha do enteado da cunhada do meio-irmão do seu pai é seu parente) é que te faz lembrar disso todas as vezes que vocês se encontram no trem. Vagão 2, primeira porta. Uma depois dos crentes que celebram um culto INTEIRO dentro do trem, gritando como se Deus e os demais presentes fossem surdos.

Não importa. O que importa é que essa situação, específica, te fez saber, constatar, ter convicção, ter a certeza, a prova CABAL, que a tia Terezinha morreu. Que Deus a tenha.

E que tipo de situação te faz saber, constatar, ter convicção (…) que você é solteiro? Eu pensei em algumas, vamos ver se concordamos:

Você sabe que está solteiro quando ouve o Galvão Bueno falando merda durante a corrida, na manhã do domingo, chegando da balada, e não chegando da via crucis feira/padaria/depósito com dois sacos de pão, frios, leite, iogurte, coisas da feira e aquela arandela ridícula que sua esposa insiste em pregar na porra da parede.

Você sabe que está solteiro quando acorda de manhã, olha pro lado, se assusta, tem crises de riso e choro simultâneas, vê aquela mulher HORRÍVEL do seu lado, roncando e ocupando 3/4 da cama e sabe que isso nunca mais precisará se repetir. Não com a mesma mulher.

Você sabe que está solteiro quando quebra uma mesa subindo em cima dela gritando “SEIS!” no truco, e não pintando a parede do quarto das crianças.

Você sabe que está solteiro quando zera pela terceira vez o Super Mário, o Donkey Kong, o Metroid, o Pitfall e Street Fighter 2 e meio Special. Com mais de 100%. No nível very hard. No emulador de computador. Jogando no teclado. Numa noite de sábado.

Você sabe que está solteiro quando sai do cinema ouvindo “Cara, a cena que ele tira a cabeça do maluco fora, chuta de trivela e faz um gol no andróide é FANTÁSTICA. Merece até uma cerveja!”, e não “Filho da puta. Na melhor cena do filme, que é quando ele atravessa 3 continentes, pega balsa, avião, carro, moto, bicicleta e patins, só pra dizer que a amava, você tava roncando na cadeira!”.

Você sabe que está solteiro quando vai pegar amendoim e cerveja no intervalo do jogo, enquanto grita como o time do seu amigo é ruim.

Você sabe que está solteira quando sua cama está seca e perfumada e você não precisa compartilhar, de maneira forçada, flatos e roncos com um cara.

Fiz uma rápida pesquisa, e as pessoas dizem que:

Você sabe que está solteiro quando sua vida no Second Life é mais agitada que sua vida real. (By Leandro Zeus)

Você sabe que está solteiro quando entra em uma comunidade de orkut para dar boa noite aos seus melhores amigos. (By Mr. Garfield)

Você sabe que está solteira quando a solidão a dois não faz mais sentido. (By Luciana Correa)

Você sabe que está solteira quando começa a dormir de calcinha bege, assiste comédia romântica o final de semana todo, chora, lembra do último filho da puta que disse que te amava, liga pra amigas e não encontra nenhuma, já que todas estão na casa do namorado. Toma um pote do seu sorvete preferido, depois chora de novo porque sua dieta foi pro limbo. Aí você se dá conta que, além de solteira, esta de TPM, mais insuportável do que nunca e que desse jeito vai continuar solteira por muito mais tempo. Resumindo, você sabe que está solteira quando liga pra terapeuta. (By Claudia Machado)

EDITADO: Você sabe que está solteiro quando sai pra transar, e não pra jantar. (By Claudia Machado, se redimindo da frase super feminina e delicada acima)

Você sabe que está solteira quando não tem ninguém pra matar o rato, trocar a lâmpada ou abrir o vidro de palmito. (By Bruna Rodrigues)

Você sabe que está solteira quando é sexta-feira à noite, uma amiga te liga, você toma um banho, sai e não tem hora pra voltar. Você não precisa dar satisfações e não vai ter ninguém esperando. (By Érica Juliana)

Você sabe que está solteira quando pode sair depois da faculdade com alguém e transar sem neuras de estar traindo ou fazendo algo escondido, apenas fazendo por puro prazer. (By Cristina, a japoníndia)

E finalmente:

Você sabe que está solteiro quando está escrevendo um monte de coisa idiota, em um blog de solteiros. E você sabe que está solteiro quando está lendo essas coisas, rindo e concordando com tudo isso.

Notas de rodapé:

* Michaelis (cuja a tradução pro tupiniquim de Piripá do norte seria “Miguel é”, foi uma maneira do nosso visionário Aurélio se vingar de outro lexicógrafo que jogava strip poker com ele, antes do Mineralogia Fenda, e sumiu do nada. Então ele criou outro dicionário, usando toda sua sabedoria, inclusive no inglês, e passou a chamá-lo de Michaelis (Michael is…), para poder atribuir, de forma anônima, vários adjetivos ao parceiro furão. Procure, por exemplo, a definição de “pederasta”, no Michaelis. Na verdade, significa: “Miguel é um indivíduo que tem o vício da pederastia. P. passivo: o homossexual que se submete, voluntariamente, na sodomia”. Sacaram?

** Bing, na verdade, é uma ferramente de pesquisa com todos os recursos do Google. Eu diria que é um deus menor, de um panteão inferior, querendo tomar o lugar do onírico “G”. Há quem diga que, na verdade, o Bing pertence à Google. E que o significado do nome deste mecanismo de busca da Microsoft é “Bill In Name of Google – Bill em nome do Google”. Inclusive podemos perceber o MEGA Fail do tio Bill com a imagem que veio na busca de hoje. Certeza que o Google real ia trazer uma foto do Mestre Yoda, do Dalai Lama ou até mesmo do Paulo Coelho no resultado.

Obrigado aos amigos que ajudaram no post de hoje. Só vocês leem essa parada, mesmo. Nada mais justo que participar, né?

Vida de Solteiro: Vídeo da semana

•14/11/2009 • Deixe um comentário

Pra sexta não passar em branco. Prometo que na semana que vou adaptar o fuso-horário das minhas postagens (Prússia, Escandinávia, Bielorússia, Itapevi, Carapicuíba e Acre –  GMT-36) para o fuso de Brasília (GMT-3), ok?

 

Costinha em um de seus melhores momentos. Esse véio era foda.

A piada mais engraçada da história, por Monty Python. Se não rir, é Epic Fail, viu?

Vida de Solteiro: Os solteiros e suas Falhas Épicas

•13/11/2009 • 3 Comentários

Segundo o Aurélio (…Se bem que ele nasceu lá no Nordeste, onde tem um monte de cabra macho. E só cabra macho escolhe ser lexicógrafo…):

Falha
s.f. Fenda, lasca; lacuna, falta. / Fig. Deslize, senão, descuido, omissão: raciocínio com falha. / Geologia Abalo das camadas geológicas acompanhado de um desnivelamento tectônico de blocos separados. / Mineralogia Fenda num veio.

Épico

adj. Que descreve em versos os feitos heróicos: os poemas épicos de Homero. / Próprio da epopéia: estilo épico. / Extraordinário, memorável: proeza épica.

Logo, Falha Épica seria:

Fenda, lasca; lacuna, falta que descreve em versos os feitos heróicos: os poemas épicos de Homero?   #FAIL

Deslize, senão, descuido, omissão: raciocínio com falha, próprio da epopéia: estilo épico?  #FAIL

Abalo das camadas geológicas acompanhado de um desnivelamento tectônico de blocos separados, extraordinário, memorável?  #FAIL

OK. PAUSA. TEMPO. ZERINHO CORTA. NUM TA VALENDO. TUDIS. NADIS. UUUUUUEEEESSSSTOP. ADEDANHA. PÁRA TUDO.

Note a última definição, que ficou orfã: “Mineralogia Fenda num veio.

Pergunta:

Será que o Aurélio estava esperando um cara chamado Mineralogia Fenda, e ele não foi?

Parece que ele estava conversando com alguém no MSN:

Aurélio e sua conversa

Clique na imagem para ampliar

Safadinho esse Aurélio, hein?!

***********CONTINUANDO. GOING ON. DEUTSCH BANK. FIFLOWS FLAFOWS.***********

De acordo com nosso querido tutor, a definição mais correta de Falha Épica seria algo como:

Deslize, senão, descuido, omissão: raciocínio com falha. Tudo isso de uma maneira extraordinária, memorável: proeza épica.


Segundo o Pai-Mei do mundo cibernético, a abelha rainha dos zangões curiosos e ansiosos, Google.com, em sua versão de imagens, Falha Épica é:

Epic_Fail

Isso é um Epic Fail que se explica por si. Lembre-se de nunca ir assim a lugar nenhum, ok? POR FAVOR!

Ah, vocês entenderam, né?

Acontece que o termo corretamente usado na internet é Epic Fail, devido à globalização da grande rede, que fez muitas palavras serem americanizadas. Nesse caso, o termo foi utilizado primeiramente por emos leitores de Crepúsculo e jogadores de Ragnarok (gasp!). Homens muito machos tomaram de volta a expressão e a fizeram ter a força sintática que lhe é de direito.

E solteiros cometem Epic Fails?

Sim! Porque nem só de rosas vive um solteiro. O solteiro gay, talvez. É, a vida pode ser cor-de-rosa pro gay solteiro. Whatever. O que eu quero dizer é que transar é legal, transar com um monte de gente é legal. Ao mesmo tempo, é melhor ainda. Mas o solteiro também se dá mal.

Existem situações em que, por mais que tentemos ser melhores, não conseguimos sair do status de falha total. Epic Fail é diferente de Fail. Vou ilustrar.

Exemplo 1:

Um amigo chega pro outro e pergunta: “O pai de Maria tinha cinco filhas: Mamá, Memé, Mimí, Momó e… Qual o nome da quinta?”

Eis que o desafiado responde: “Hummmm… Mumú?”

Bem, isso é um FAIL.

Exemplo 2:

Melhores amigos do 1º C conversando:

Amigo 1: Cara, sabe aquela loirinha da 5ª B? Aquela que só anda de sainha e blusinha apertadas e tal?

Amigo 2: Sei, que tem ela?

Amigo 1: Vadia, cara. A menina tem, tipo, uns 15 anos e roda a banca geral. Adora fazer sexo com mais de um cara. Saca só a foto que eu tirei dela fazendo sacanagem lá em casa.

Amigo 2: Cara, ela é minha irmã.

Isso é um EPIC FAIL.

Os Epic Fails acontecem nas horas mais inoportunas e inesperadas. Você sai de casa achando que vai abalar geral, ser o Zé Mayer ou a Gisele Bundchen da vez e, de repente, acontece. Veja a primeira de muitas listas de Epic Fails dos solteiros, elaborada pelo VdS:

Epic Fail # 1: O cara chega na balada e dá de cara com a gatinha mais tchutchuca do lugar. Papo vai, papo vem. Dança da bundinha, Créu, Festa no Apê. Rola aqueles amassos. Os amigos olham com inveja. As mulheres, idem. Ele a leva para um canto. Dança da Amarelinha, Melô do Pimpolho, Andou na Prancha Cuidado Tubarão Vai Te Pegar TUM TUM TUM TUM. Os amassos ficam mais quentes. Ele passa as mãos nos seios durinhos. Desce pro joelho, não coberto pela microssaia. Vai subindo, subindo, subindo e, de repente: A torneira está no lugar da tubulação. Sim, ele sente a pacoteira. Sim, ele beijou loucamente um travesti a noite toda. Sim, ele estava no Love Story;

Epic Fail # 2: Sábado à noite. Nada pra fazer. Marinho é o cara mais pegador da vila. Solteiro convicto. Conquistador nato. Orlando e Marinho estão em casa, bêbados de cerveja. Orlando propõe um troca-troca e, com artimanhas, ganha o par-ou-ímpar pra ver quem começa. Alguns minutos e vários gritos depois, aparecem o Orlando, correndo e rindo, e o Marinho mancando e gritando “Agora é minha vez! Não corre!”;

Epic Fail # 3: Jesualdo é solteiro, se corresponde por cartas e anúncios de namoro em jornal há 5 anos e não faz sexo durante todo esse tempo. Certo dia, no metrô, é abordado pela mulher mais linda que já viu. Ela diz que o reconheceu pela foto e quer sair com ele, dali mesmo. Eles saem, conversam, se beijam. Ela o leva pra casa. Os amassos ficam mais quentes e ela arranca as roupas do Jesualdo com violência e pressa. Sim, Jesualdo é pedreiro, tinha se masturbado na noite anterior e não tomou banho. Sim, durante os cinco anos, nunca tinha se depilado;

Epic Fail # 4: Jucineide é apaixonada por Bertô há muito tempo. Saída do escritório, sexta-feira chuvosa. Bertô oferece uma carona à Jucineide. No caminho, confessa que sempre foi interessado por ela. Bertô propõe um motel e Jucineide topa. A calcinha de Jucineide era bege. E Jucineide nunca mais viu Bertô;

Epic Fail # 5: Clarissa acabou de terminar um noivado de sete anos. Mulata linda, espetacular. No pagode, oferecem uma música para ela: “Na areia nosso amor, no rádio nosso som. Tem magia nossa coooooor, nossa cor marrom. Marrom bombom, marrom bombom, nossa cor marrom”. Clarissa adora e oferece outra músca para o rapaz tão gentil e bonito. “Você é um negão de tirar o chapéu. Não posso dar mole se não você créu”. Depois de trocas de músicas e olhares, ela, uma Beyoncé e ele, uma mistura irresistível de Will Smith com Denzel Washington, resolvem conversar.  Segue o diálogo. Ele: “Oi, meu nome é Josias, e o seu?”. Ela: “Meu nome é Clarissa”. Ele, sorrindo: “Oi Crarissa, tudo bem?”. Não se tem mais nenhum sinal de Clarissa depois que ela percebe que, além de falar errado, faltam alguns dentes na boca de Josias. Os laterais. Cafu e Roberto Carlos, pra ser mais exato;

Epic Fail # 6: Josinete está ansiosa. Depois de muito tempo, conseguiu de marcar um programa com Marinho, nosso amigo do Epic Fail # 2. Eles saem, bebem, se divertem, se beijam e tudo corre às mil maravilhas. Ela colocou a melhor lingerie. Passou os melhores cremes. Se depilou. Fez a unha. Chegando no Motel, percebe que o pinto do Marinho é menor que seu dedo mindinho;

Epic Fail # 7: Passar cheque, no mundo dos gays, é um EPIC FAIL. Eu não vou dizer o que é. Vá pesquisar, se quiser. Ou arrume um amigo gay.

Epic Fail # 8:  André é chefe linha dura de uma operação de telemarketing de mais de 100 funcionários. Fala grosso. Faz as meninas chorarem. Os caras respeitam e têm medo dele. Tem uma mulher lindíssima e duas filhas igualmente lindas, que adora exibir para todos. Na sua maior apresentação como transformista, quando despeja no palco toda sua sensualidade ao som de “Like a Virgin / Se joga pintosa REMIX”, fazendo o maior strip gay do mundo, olha pra frente e vê mais de 70 % de seus funcionários assistindo, celebrando um happy hour diferente.

Epic Fail # 9: O coronel Brandão é o policial mais temido do batalhão. Prendeu bandido. Matou traficante. Tem mais de 50 medalhas de condecoração. Oficial de 10 estrelas. Quando o batalhão vai para o vestiário, na saída do futebol de quinta, que foi adiado em cima da hora pra sexta, é flagrado em situação íntima com o cabo Silva. O cabo estava enfiando o cabo no coronel.

EPIC FAIL # 10: Esse é sublinhado e taxado porque se aplica a qualquer solteiro. Casar é o maior Epic Fail que um solteiro pode cometer. Simples assim.

Agora, que tal vocês comentarem aí em baixo e contarem alguns Epic Fails de vocês, hein?

Quero fazer um agradecimento especial à Clau, pela ajuda com os Epic Fails e com a conversa do Mano com o Aurélio no msn. Obrigado, de coração. (E isso não é um FAIL, porra!)

Vida de solteiro: Brincando com Donald McRonald!

•12/11/2009 • Deixe um comentário

Olá criançada!

Hoje o dono desse site não pode vir. Mas estou aqui para ensinar uma coisa muuuuuuuuuito legal pra vocês!

Meu nome é Donald McRonald, sou dependente químico, alcóolatra e depois de amanhã vai fazer dois dias que não uso drogas nem bebo! (efeito sonoro de palmas)

Pra quem não me conhece, eu sou uma versão ianque do palhaço cheiradão mais famoso do Brasil. Ele mesmo, pessoal, o Bozo!

Vou contar um segredinho pra vocês. Prestem atenção, mas não contem pra ninguém! Eu sou o responsável por transformar lindas e meigas crianças em adultos bem gordinhos com problemas sociais e existenciais. Isso não é o máximo?!

Mas não vim aqui pra falar de mim. Vim pra falar de vocês. Que tal uma brincadeira supimpa? Quem quer brincar com o Donald McRonald POE-O-DEDO-AQUI! (Ai, aí não, né? Essa brincadeira é outra!)

Na brincadeira de hoje, eu vou ensinar vocês a maneira correta de se chupar um pirulito… digamos… diferente. O nome desse pirulito é piroquinha! E a brincadeira se chama McBoquete Feliz!

Eu até criei um jogo da memória, pra vocês poderem praticar bastante com os amiguinhos! Peça para a mamãe imprimir, recorte e divirta-se à vontade!

DonaldMcRonald

Vamos lá! Estão todos preparados? Pegue seu lápis e seu papel e anote tudo direitinho, ok? É muito fácil! Não tem como errar!

mcboquete1

Passo 1: A medição

Primeiro, galerinha, tire as medidas da piroquinha que você vai colocar na boca. Veja se tem, por exemplo, um tamanho mini (igual a do Yoko, aquele japonês da escolinha), um standard (igual a minha, só que sem maquiagem, tá?) ou um tamanho super (igual a do Mutombo, do Long Dong, do Kid Bengala. Você pode não conhecê-los, mas sei que um dia irá!).


mcboquete2

Passo 2: O local certo


Amiguinho e amiguinha, a piroquinha deve ser colocada na boca, tá? Seu umbiguinho, seu narizinho e suas orelhinhas são muito pequenos!



mcboquete6

Passo 3: O ponto certo


Agora que você já sabe o tamanho e onde deve colocar a piroquinha, veja se ela está assim, apontando pra cima. Piroquinha murcha não serve pra chupar, tá bom?



mcboquete4

Passo 4: A boca


Você deve fazer com a boca o desenho certinho da piroquinha, tá? Por isso que é importante medir antes. Lembre-se que dentes não são legais e machucam!



mcboquete5

Passo 5: Chupando a piroquinha


Amiguinhos, a piroquinha é como um canudo, só que mais grosso. Quando você começar a chupar, deve se imaginar chupando um pirulito ou picolé bem gostoso, tá?!

Na próxima edição do McLanche feliz, teremos lindos consolos coloridos e vibrante para as meninas! Aguardem!



mcboquete3

Passo 6: Engolindo tudo


Quando a piroquinha soltar o leite, trate de engolir tudinho, amiguinho e amiguinha. O leite é nutritivo e contém poucas calorias. Você vai ver! É melhor que Cheese-Burger!

Continuem indo à melhor lanchonete do mundo. Todo mês tem novas brincadeiras pra você aprender!

Créditos:

Livro: Identificando Mensagens Subliminares, por Bispo PEdir Maiscedo

Modelo: Normando Batista de Araujo da Silva Ferreira Teixeira Terceiro

Fotos: R. R. Durão

Consultoria técnica: Cláudia Machado

Apoio: Associação de Prostitutas da Estação da Luz – Chupando tudo por R$ 5,00, sem camisinha, até o fim. Fazemos Candelabro Holandês, Anal Giratório, Pelota Basca e cunilinguas.

Menção honrosa: O atendente do McDonald’s que não sabia quem era Albert Einstein. => Epic Fail.

Vida de solteiro: O solteiro e a conquista

•09/11/2009 • 2 Comentários

Segundo o Aurélio (sim, porque só uma pessoa sem o talento do Chico resolve ser lexicógrafo <- não sabe o que é? clica aqui, porque no dicionário dele mesmo, que é bom, não tem):

Conquista

s.f. Ação de conquistar: a conquista de um reino. / A coisa conquistada: as conquistas de Napoleão. / Fig. Fam. Sedução: conquista amorosa.

Segundo o Zeus do Olimpo Internético, salvador das almas inquietas que procuram por trabalhos de faculdade prontos na web, Google.com, em sua versão de imagens:

conquista

Pô. O Google considera um monte de homem pegando num pau e enfiando ele em locais inóspitos um tipo de conquista. Faz sentido, né?

Bem. Falar desse assunto é meio complicado. Na verdade, nem tanto. Tá, porra, não é!

Se tem uma coisa que o solteiro pode fazer, a torto e a direito, essa coisa é paquerar, flertar, espiar, xavecar, ficar de mimimi, tico-tico no fubá ou o que quer que isso chame na sua terra. Sabe aquela garota linda, que sempre sorri e abaixa o olhar quando você passa por ela? Não. Não é dela que eu estou falando. Ela baixa o olhar e ri do seu jeito de andar e se vestir. Ela te acha ridículo. Se toca, né?

Eu estou falando daquela mulher feia pra cacete, que tem mais bigode que você, usa calça pantalona com blusinha rosa manchada de alvejante e manda a amiga quase todos os dias na frente da sua sala na faculdade, só pra saber se você veio. Isso mesmo, aquela apelidada de “Crazy Eyes”, que parece uma assassina-sociopata-dependente-química-em-crise-de-abstinência e te persegue implacavelmente, liga no seu celular, no celular dos seus amigos, no celular dos seus vizinhos, no celular do seu chefe, no celular da puta-que-o-pariu só pra poder ouvir sua voz. Aquela do “TCHAMOOOOOO!” Sacou?

Sim, meu amigo. Ela está querendo te CON-QUIS-TAR! Com todos os significados que o tiozão do Chico poderia arrumar por aí. Ela te quer. Quer seu corpo. E eu tenho certeza que ela daria tudo pra poder ouvir sua respiração.

A conquista é uma arte. Dominada por poucos. Desejada por muitos. E aplicada de verdade por quase ninguém. Dizem que ela foi usada pela primeira vez pela vadia rainha do Egito, personagem presente em todas, veja bem, TODAS as festas à fantasia desse mundo, Cleópatra. Através dela, o grandessíssimo general do mundo-que-um-dia-vemos-na-escola, Júlio César, ganhou a alcunha de Cornus Primeirus, que no tupiniquim de Piripá do Norte significa homi burro e chifrudo. Eu conto:

Primeiro, a vadia rainha usou todo o seu poder de sedução e se jogou um monte em cima do general. Na verdade, ela estava disputando o reino do Egito com seu irmão, Ptolomeu (conhecido entre o povo hermético como Cunhadus Otárius). O César, benevolente, quis apaziguar os ânimos naquele fim de mundo que Deus esqueceu e colocaram um monte de animais no lugar Dele. Pois bem. Ele chamou os dois para uma reunião e a bonita chegou primeiro. Nada que um boquete agrado nos liteiros não resolvesse. Não se sabe o que aconteceu nessa reunião. Sabe-se, apenas, que a rainha era dona de exuberante beleza (75 de cintura, 98 de busto e 102 de quadril – o resto nem precisa falar, né?), e o mandatário romano ficou caidão por ela. Resultado: Ptolomeu se fodeu. Cleópatra ganhou um amante e um reino. Alguns dizem que os atributos da nega egípcia vinham dos pais, brasileiros que não sabiam falar a língua local e correram na direção contrária quando o Mar Morto foi aberto, com medo das ondas gigantes serem tsunamis. Filha de Martinho da Vila com um híbrido de Elza Soares com Baby Consuelo do Brasil, ela TINHA que saber tudo de macumba. Portanto, a história que rolava nos botecos egípcios, romanos, marroquinos e constantinos era que ela, filha de Oxossi com Ogum, pegou dois galos, uma cabra, pipoca, farofa e galinhas pretas e bateu um tamborzinho pra trazer o César em 7 dias.

Mas aí surgiu nas bandas de Quipropró outro general romano, chamado Marco Antônio (apelidado de Ricardus Ineditus), barbarizando geral. Marco Antônio, maconheiro sem-vergonha, organizou a Babilônia e fez todo mundo dançar. Desvirginava mocinhas inocentes e dizia que era crente, mas não sabia rezar. César estava bem velho, já nas últimas. O pinto tinha caído e sua tosse de cachorro no meio da noite era insuportável. Sabendo disso, Cleópatra organizou um baile funk para receber o general e colocou sua melhor roupa de cocota. Lá pelas tantas, todo mundo chapado e bem louco, fazendo a dança da cordinha, ao som do É o Tchan, a imperatriz cortou com destreza ímpar uma mecha do cabelo de Marco Antônio. Dizem que ela colocou o chumaço no mel e, algum tempo depois, estava grávida de gêmeos do general e ainda era esposa do imperador romano.

Bom, contei essa pequena estória só pra ilustrar o que eu quero dizer quando falo que a conquista é uma arte. Hoje em dia, barriga, macumba e dinheiro não seguram mais ninguém. Portanto, minha filha, se você está fazendo doce pra ir no motel com aquele cara, esqueça. O máximo que você vai conseguir é o desprezo dele. Use essa oportunidade sabiamente, como a Cleópatra, e dê uma bela de uma chave de você-sabe-o-quê nele.

Solteiros contemporâneos usam de diversas artimanhas pra conquistar. As táticas variam das famosas cantadas baratas, do tipo “Se você tivesse pinto, seria o traveco mais gostoso dessa balada” até a milenar e infalível manobra “Oi, desculpa”. Por inacreditável que possa parecer, tem cara que finge que fala no celular, chega perto da menina na plataforma no metrô, pede um momento pro interlocutor fantasma e pergunta: “Oi, desculpa. Esse metrô é o que vai pra zona leste?”. O cara pega esse maldito trem todo dia, mas o importante é estabelecer o primeiro contato com a vítima. O pretexto perfeito pra puxar uma conversa que, com sorte, termina em troca de telefones e promessas de novos encontros. A “Oi, desculpa?” tem alguma variáveis, como: “Oi, desculpa. Foi você que deixou esse card velho e rasgado do Pokemón do ano retrasado cair no chão ali atrás?”, ou “Oi, desculpa. Eu tô procurando a Jucicleide, minha irmã. Essa sala é a do 5º semestre de Serviço Social?”, entre outras.

As meninas, tirando as agressivas, do tipo Crazy Eyes, normalmente são mais discretas. Reparam nas mãos, procuram aliança na mão do rapaz (c0mo se isso fosse algum impedimento) e lançam aqueles olhares de olha-não-me-olha. Fazem tipo e ficam esperando o cara vir. Se ele vem, tratam mal e dão pouca corda. Se não vem, tudo bem. Era feio pra cacete, mesmo.

A bicha é pá-pum. Chega beijando, e já era. Sem conversa. Depois do dark room procura saber o nome do bofe, pegar telefone etc.

A conquista não tem fórmula. Ele depende exclusivamente de você, da sua auto-estima e da sua criatividade. Chamar de gostosa no meio da galera nem sempre pega bem. E chegar com muito amorzinho também não. Orkut e MSN servem pra você se fazer presente, não pra engatar um namoro sério com aliança e tudo, ok? Lembre-se disso.

Como eu disse, caro leitor, a conquista é uma arte. Desejada por muitos, dominada por poucos. E quem sabe usá-la, com certeza pega geral.

Vida de solteiro: a eterna (e injusta) briga dos solteiros contra os casados

•08/11/2009 • 8 Comentários

Segundo o Aurélio (Ele mesmo, o tio não-tão-talentoso do Chico):

solteiro
sol.tei.ro
adj (lat solitariu) Diz-se do homem que ainda não se casou. sm Esse homem. adj Náut Diz-se do cabo disponível e pronto para servir nas manobras. sm Esse cabo.

Segundo o Deus-oráculo-ancião-paidosburros do mundo pós-moderno, vulgo Google.com, em sua versão de imagens:

solteiro

A coisa mais genial que eu ouvi nos últimos dias comentava aquela máxima de que o ser humano, assim como todo animal, deve nascer, crescer, casar, ter filhos e morrer. E o comentarista dizia: “Porra, e as cervejas, o sexo fácil, as aventuras e tudo o que a gente faz pra se divertir?”

Afora a definição do dicionário (e do Google), ser solteiro é, basicamente, ser feliz. Não que os casados não sejam. Casados normalmente são felizes, nos três primeiros anos. Porque depois ficam lembrando dos amigos reagindo à notícia. Quando vamos nos casar, normalmente, reunimos os amigos em um bar e, depois de muita cerveja, anunciamos com todo o entusiasmo do mundo a união. As reações são diversas, mas sempre inclui alguns tipos básicos:

O cauteloso diz, olhando pra água que desce da cerveja gelada e se espalha pela mesa: “Cara, você tem certeza que é isso mesmo que você quer?”

O sincero diz, morrendo de raiva, como se tivesse acabado de ser roubado: “Você tá louco, filho da puta?”

O sacana diz, chorando de rir: “Se fudeu!”

O casado diz, depois de atender a esposa no celular pela 152ª vez: “Depois não diga que não avisei.”

O escolhido para padrinho diz, condescendente: “Bom, pelo menos vamos ter uma despedida bacana. Muita mulher gostosa e bebida. Isso eu garanto.”

Alguns anos depois, milhares de reais mais pobres, barbudos e morando na casa da mãe, no quartinho daquela ex-empregada gostosa, objeto de tantas e tantas bronhas de adolescência, sem carro e sem perspectivas, lembramos daquela reunião e temos um desejo imenso de voltar no tempo e trocar a notícia do casamento pela boa nova do término. Quem é solteiro, tem amigos e já passou por isso, sabe que as reações deles sempre são bem mais agradáveis:

O cauteloso diria, olhando pra água da cerveja que escorre e inunda a mesa e o garçom nunca se preocupa em secar: “Cara, pensa bem. Tem certeza que é isso mesmo que você quer?”

O sincero diria, com um sorrisinho de satisfação: “Fez bem. Ela era uma vadia e não gostava de mim. Que a buceta cole e o sexo anal seja 100 vezes mais doloroso pra ela.”

O sacana diria, pilheriando como sempre: “Ela é gostosa. Posso pegar?”

O casado diria, depois de atender a 152ª ligação da esposa: “Como eu queria ter dado essa notícia pra vocês na minha vez.”

O escolhido para padrinho diria, condescendente: “Eu já tava bolando a despedida. Gostosas e bebida. Vamos fazer mesmo assim, né?”

Veja, leitor(a). Esse não é um texto machista. Nós bem sabemos que as mulheres também têm esse tipo de conversa. Claro que algumas coisas são um pouco diferentes. Não tem boteco, normalmente é uma reunião no apartamento da mais feia/encalhada. Troca-se a cerveja por vinho – tinto de mesa, por favor. E todas fazem a linha do amigo cauteloso. Perguntam se ela tem certeza, mas em sua mente feminina e, sem exceções, infinitamente perversa, estão, cada uma a seu modo, reagindo e pensando como os amigos homens citados acima. “Finalmente vou poder dar meu telefone e, quem sabe, o corpo todo pra ele”, ou “Que o pinto dele caia. Feio, barrigudo e chato pra cacete. Não gostava de mim, só porque eu sou muito mais gostosa que ela”, ou “Que otária. Com essa chapinha mal feita e essa bunda esburacada, já podemos fazer a reunião da semana que vem na casa dela”.

Claro que o ex-casado, ou melhor, novo solteiro, volta a ser plenamente feliz. Isso se não tiver um filho no meio, porque aí ele ele está fodido e irremediavelmente infeliz pro resto da vida.

Só pra não perder o foco: você deve estar se perguntando por que, na opinião dessa humilde anta que vos escreve, o solteiro é feliz. Eis alguns fatos:

– Ninguem se importa quando você acorda com a cueca esburacada (ou sem ela), solta um peido e coça a bunda (não necessariamente nessa ordem), e abre a geladeira para checar se o leite comprado na semana passada já azedou;

– A descoberta de uma toalha molhada em cima da cama não vem seguida de berros e xingamentos dos mais variados;

– Você toma um banho de 20 minutos de porta aberta, ouvindo aquele CD insano do Iron Maiden no último volume, bate uma, faz a barba, escova os dentes, se seca, coloca o terno e a gravata, arruma o cabelo, toma café, lê o jornal e não precisa ficar mais 40 minutos esperando a mulher terminar de se arrumar. Você chega no trabalho na hora. E pessoas que chegam na hora, não ouvem bronca do chefe. Pessoas que não ouvem bronca do chefe são mais felizes;

– Você não precisa adiar o futebol de quarta à noite regado de cerveja com os amigos para receber a vadia amiga dela que se acha a gostosa e o marido corno para um jantar “agradável” de casais, com o veado do Caetano cantando irritantemente no fundo;

– Você gasta só 15 minutos em shoppings, supermercados, farmácias, lojas de conveniência, drive thru do Mc’Donalds ou qualquer tipo de comércio. Isso quando dá sorte de xavecar a gostosa do corredor ao lado ou a caixa e conseguir o telefone dela;

– Se você acordar ao lado de uma mulher, pedir um boquete matinal e ela não fizer, tudo bem. Você não vai precisar ficar pedindo pelos próximos 3 anos. Talvez você nunca mais peça. Porque nunca mais vai encontrá-la.

Eu poderia listar os benefícios da solteirice aqui ad infinitum. Estudos indicam que o solteiro vive mais que o casado. E faz muito mais sexo, também. E tem muito mais posses e atividades. Tá bom, são estudos meus, observando as pessoas no dia-a-dia. Mas isso não deixa de ser um fato.

Os solteiros que namoram também são felizes. À seu modo, claro. Apesar de ser o primeiro passo para a morte certa de uma vida ativa, saudável e plena, o namoro tem suas vantagens. Vejamos:

– Aquela troca de carícias em todo lugar sempre rola. No carro, no cinema, na sala da casa dela, sob as cobertas em dias frios, na garagem da casa dele, com o pai perigosamente indo da sala pro banheiro e vice-versa, na escola, na igreja, no avião, na bicicleta, no patinete, enfim. Carícias rolam. E provocações também. Em todo lugar. Depois de alguns anos de casado(a), querido(a), você só toca seu parceiro fora do dia do sexo – que acontece uma vez por quinzena – na luta pela última azeitona, a última batatinha frita ou pra tirá-lo do caminho na corrida matinal pro banheiro.

– Sexo não tem dia nem hora marcada. Vocês transam em qualquer lugar. Todos os cômodos da casa na ausência dos pais dela. No banco de trás daquele Dodge que o pai dele tá reformando. Namorar é um pretexto para se fazer sexo de forma incessante e diferente. E é uma coisa que acaba magicamente com o casamento.

– Depois do sexo, você vai para a sua casa. A outra pessoa vai para a casa dela. Na manhã seguinte, você pode fazer tudo o que eu citei no primeiro item da primeira lista, que ninguém vai se importar mesmo assim.

– Você não é obrigado a pagar o jantar, o motel, o cinema, a pipoca, o refrigerante e a camisinha sozinho. Namoro normalmente é democrático. E, já sabemos, viver numa sociedade democrática é ser feliz. (Tá bom, forcei, eu sei.)

– Quando você termina um namoro, a mãe dele/dela te chama de filho(a) da puta só uma vez. Quando você casa, a mãe dele/dela te chama de filho(a) da puta todos os dias.

Claro que a vida de solteiro não é um mar de rosas. Passamos por muitos enroscos. E a proposta deste sítio é justamente expor esses fatos do cotidiano de um solteiro. Esse texto é só um aperitivo. São as boas vindas pra você, leitor(a).

Se você gostou, divulgue!

Se quer compartilhar conosco situações curiosas, engraçadas, decepcionantes, e não tiver vergonha de ser pilheriado, nos escreva!

Em breve teremos o layout certo, fixo, digno de um blog tão bacana e politicamente incorreto.

Volte sempre. Nem que seja pra xingar nessa caixinha aí em baixo.

solteiro
IMPRIMIR

 

solteiro

Datação
sXIII cf. FichIVPM

Acepções
adjetivo
1 que ainda não se casou
Ex.: <ela continua s.> <tem dois filhos s.>
2 Derivação: sentido figurado.
que sente falta, que não tem ou não recebe (algo); carente, falto
Ex.: s. de alegrias
3 Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
que não está mais casado; separado, divorciado
4 em que não há nenhum feriado (diz-se de semana)
5 que não tem filho[s] (diz-se da fêmea animal)
Ex.: havia no rebanho diversas vacas s.
6 Rubrica: termo de marinha.
que não está sendo us., mas que se encontra disponível para sê-lo (diz-se de um cabo)
substantivo masculino
7 aquele que ainda não se casou
Ex.: vida de s.

Etimologia
lat. solitarìus,a,um ‘só’; ver 2sol(i)-; f.hist. sXIII solteyras, sXV solteiro, sXV sortera